sábado, 19 de junho de 2010

O que ser: eis a questão.

O tão esperado 2010 chegou! O temido vestibular está por vir e eu (ainda)em busca da profissão que é a “minha cara”. Pergunto-me se o problema é comigo, já que a maioria das pessoas já sabem o que vão querer fazer: “ Quero ser engenheira, advogada, química, médica, jornalista”. Inspirações, desejos, aspirações.Enfim: Aonde será que eu me encaixo nessa história toda?



Já fiz teste vocacional, já pensei em ser tudo exceto física.
Fui de bióloga à historiadora. Quis ser atriz, cantora, veterinária, diplomata, advogada. Procurei, procurei e continuo procurando. Com dezesseis anos eu tenho que escolher o que farei pelo resto de minha vida, e saber que o tempo está se esgotando deixa tudo mais dificil!

Além do peso na consciência, da necessidade de escolher a melhor faculdade em tão pouco tempo e tão pouca maturidade, tem um pessoal que me encurrala de uma tal maneira que eu tenho vontade de gritar um palavrão qualquer.Poxa, até em festas de cento e vinte anos da tatarávo do tio de um primo do amigo do meu pai o pessoal não perdoa!

Dane-se. Eu não quero me ver numa empresa, lidando com contas horríveis que me deixem cansada e venham a causar, com o tempo, uma possível doença. Não pretendo estudar os astros, cuidar de plantas, virar poliglota, arquitetar uma mansão. Eu quero é ser feliz. E infelizmente parece que hoje em dia sinônimo de felicidade é dinheiro, e sabemos que não é.

Já quis ser dentista para resolver os problemas odontológicos dos outros, já quis ser atriz e aparecer na televisão. Pensei em ser cantora mesmo não sendo minha praia. Acabei descobrindo que se eu tivesse nascido Laís em algumas gerações atrás eu adoraria seguir as tendências literárias. Quem sabe eu não fui uma Anita Malfatti da vida?

Eu sempre gostei de política, já quis ser deputada federal. Quis ir até Brasília xingar o presidente e mandar ele deixar eu reger no lugar dele. Amo cachorro, gato, bichos.. mas sou muito mole para cuidar de vidas (não consigo nem cuidar da minha direito).
Eu tentei gostar de matemática, tentei achar que a minha dificuldade era uma trava que eu mesma tinha colocado. No fim eu descobri que eu não nasci para ser engenheira, nem para eletricista. Tentei inspirar-me em grandes ídolos meus, e nada funcionou. Pensei em ser assistente social, e acabei desistindo.

"When I was 5 years old, my mom always told me that happiness was the
key to life. When I went to school, they asked me what I wanted to be when I
grew up. I wrote down “happy.” They told me I didn’t understand the
assignment
and I told them they didn’t understand life."
(Autor desconhecido).
A verdade é que eu sempe quis ser escritora, desde pequena. Eu queria escrever, um, dois, três, mil livros tantos quantos minha imaginação pudesse produzir. Por muito tempo eu quis ser Jornalista, e infelizmente, nas últimas semanas eu descobri que eu não tenho dom para tal profissão. Pensei em ser professora de História, mas acho que eu confundiria meus alunos. Que tal revisora de textos? Crítica de filmes? NADA! Eu simplesmente acho que não há lugar pra mim nisso.

Eu sempre fui movida por um sentimento de querer mudar o mundo (mal dos jovens), por isso já quis ser do Greenpeace, médicos sem fronteira, trabalhar na ONU. Tantos sonhos tão utópicos!
Esperei ajuda divina, sonhos de anjos que viriam me dizer o que fazer. Já quis encontrar um guru no meio da rua e ele me dizer: "Olha, você vai ser padeira!". Mil vezes já pensei em prestar qualquer coisa no final do ano,só pra ver no que dá.

Fica aqui um dos meus (inúmeros desabafos), e caso eu venha descobrir o que fazer da vida, eu posto!

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