domingo, 25 de julho de 2010

Aos poucos

Eu já.
Eu já deixei de falar com uma amiga por causa de amor. Eu já cantei sem saber a letra e na frente de pessoas que eu não conhecia. Eu já levei um capote jogando futebol na frente de pessoas que eu tinha acabado de conhecer. Eu já quis ser o House, o Michael Scolfield ou até mesmo a Bea da Sombra do Vento. Eu quis emagrecer da noite pro dia. Eu já comi uma caixa inteira de twix. Eu já amei muito e já sofri por isso. Eu já me apaixonei por alguém em questão de horas. Eu já quis morrer e voltar à vida para contar aos outros. Eu já chorei muito por saudades, mesmo sabendo que o choro em si não adiantaria. Eu já gostei de alguém que eu nunca vi na vida. Eu já falei um pleonasmo, mesmo sabendo que era errado. Eu já quis gritar com o professor e dizer o quão desprezível era a aula dele. Eu já quis correr até cair no chão. Eu já esperei por alguém, mesmo sabendo que essa pessoa não viria. Eu já segui meu coração e errei. Já segui a razão e errei também. Eu já mandei um rascunho de livro - que eu mesma escrevi - e que não foi aceita pela editora. Eu já fui campeã no basquete, mesmo sendo tão pequena.Eu já tive aventuras que ninguém mais teve.Eu já conhecei pessoas inesquecíveis que nem sabem o quanto eu as admiro.Eu já dei conselhos, mesmo nunca tendo passado pelo problema. Eu já chorei, quando eu tinha que rir. Eu já ri, quando eu não poderia. Eu já fui taxada de inúmeras personalidades, e as pessoas não me conheciam. Eu já errei tantas vezes o caminho certo..
Sou tão nova e já vivi tanta coisa. Vou viver, bem mais.Estou aprendendo.. aos poucos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Valeu a pena

"Não me mostre o paraíso
Que se eu for, não vou voltar"
- Mina do Condomínio/Seu Jorge.

Vou (tentar) começar um texto falando sobre os sete dias em Porto Seguro.
Dá vontade de chorar, lembrar de tudo e saber que as lembranças vão ficar já que (ainda) não se pode voltar no tempo.

Primeiro dia, era só alegria. Ninguém acreditava que a tão esperada viagem havia chegado. Sim, estávamos em Porto Seguro. O lugar que tantos iam viajar e voltavam cheio de boas lembranças e aventuras para contar.

É um sentimento paradoxal essa lembrança: a alegria de saber que valeu a pena e a tristeza se saber que acabou. Então, eu vim aqui tentar passar em palavras esse paradoxo sentimental.

Sem dúvida, as melhores baladas: Ilha, Transilvânia e Boca. A primeira – e literalmente a primeira da viagem, acendeu em mim a realidade e me fez compreender onde eu estava.
A segunda foi marcada por chuva e mesmo assim aproveitei até o último minuto.
A terceira foi a última e a melhor, pra mim - a mais marcante e completa.

E vendo minhas amigas e amigos da escola todo dia, compreendi que a amizade é mais misteriosa do que eu pensava. Como eu poderia imaginar o que cada um seria atrás das carteiras? E me apeguei mais a cada um deles, sem medo de ser feliz.

E as pérolas? Os micos? Os arrependimentos? Os amores? As irritações? As dores?
Como não contar uma história marcante sem algum dos aspectos acima citados?
O pulo durante um cochilo por causa de uma tosse. A falta de coragem de ir atrás de pessoas que marcaram nossa viagem para dizer o quanto elas foram importantes em certo/ou todo momento. O único que me chamou atenção no meio de tantos. Aquelas dores que não me deixavam e que faziam com que as reclamações triplicassem.

E como voltar? “Quero voltar, mas não consigo”.
Não podemos, mas queremos!
Como evitar a depressão pós porto?Alguém me dá um conselho? Como deletar esse sentimento que tenho dentro de mim, que me fazer querer voltar (desesperadamente).

Sem comentários para aquela amiga de infância que decidiu de última hora arriscar e viajar com uma escola que ela nem conhecia. Até cito o nome dela aqui, a Amanda. Amiga minha desde pequena. Corajosa. Ela foi comigo viajar sem conhecer ninguém dos meus colegas e conquistou cada um deles, e mais ainda a mim. Obrigada Mandinha por ter feito parte de tudo isso.

Como esquecer dele, que marcou a minha viagem com as poucas horas que tinha. Espero não perder contato, ter por perto. Pessoas assim são raras. O último e melhor.
"Me perdi no seu sorriso
Nem preciso me encontrar"


As vizinhas doidas que infelizmente pouco conheci. Os vizinhos das amigas, que eram gente boas demais e trataram a gente como amigas conhecidas.
O dia do troca, que as meninas se sentiram desconfortáveis e Os meninos aproveitaram para colocar as manguinhas de fora. A festa do branco, boa também. A balada menos agitada, e mesmo assim não deixou de marcar. O mar, a paisagem, a piscina do hotel. As paqueradas, os beijos, as amizades. Dormir no hotel mais agitado de Porto Seguro - "Náutico na Balada na na náutico na balada"

Tentativas de apagar o fogo da formiga. A vergonha na hora de entrar na piscina/no mar.A senha do quarto? Risadas sem sentido, sem explicação. Vontade de matar e ao mesmo tempo abraçar.
Agradecer a Deus pela proteção e aos pais pela oportunidade.
Sorrir ao lembrar, e dizer que foi bom e que valeu a pena.
Porto Seguro - 11/07/10 a 18/07/10 ♥

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Intermináveis horas de ansiedade



Os dias vão passando, intermináveis. A vontade de chegar o tão esperado dia 11 de julho devora minha mente e me deixa presa às minhas expectativas do que pode acontecer nessa viagem. Ficarei uma semana ao lado das melhores amigas, em Porto Seguro.

Cantarei as músicas dos hotéis, dançarei a noite toda. Usarei as roupas que eu há tempos venho guardando, tentarei não errar. Quero que a viagem seja perfeita. Esquecerei que eu preciso dormir, virarei as noites. Conversarei e conhecerei pessoas fantásticas que eu nem imagina que pudessem existir - com certeza farei amizades especiais. Conhecerei um pouco mais da Bahia. Provarei acarajé. Esquecerei as dores da noite passada em branco. Pretendo não esquecer a família e os amigos que deixei pra trás e que esperam a minha volta.

Uma semana de pura alegria, de amor. E o que mais eu preciso?

Tentarei lembrar todas as recomendações dos pais. E claro, não abusarei do sol – mesmo pretendendo ficar o mais morena possível.

Planejando, nas intermináveis horas de ansiedade, não posso deixar de lado o medo de não aproveitar cada segundo precioso da viagem. Dançar cada música, dar um jeito de entrar no mar/piscina sem que alguém veja, sorrir cada segundo. Temo pela saudade que sentirei. Temo por me apegar demais à um momento único que não poderá ser repetido novamete.

No fim, lá pra frente, as saudades serão pequenas perto das lembranças que eu vou levar comigo.A magia de Porto Seguro consiste em aproveitar cada pequeno momento do modo mais intenso possível.
Que venha PORTO SEGURO!
QUATRO DIAS!