segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Domingo de eleição.

A maioria dos meus amigos não quiseram votar neste último domingo, dia 3 de outubro. Não sei o motivo pelo qual eles decidiram não exercer o direito do voto assegurado por lei. O que eu sei é que eu – logo após meu décimo sexto aniversário – exatamente um mês e dez dias depois corri para o cartório eleitoral a fim de tirar meu titulo de eleitora.

Eu sempre achei importante exercer o direito do voto. Nós eleitores temos o direito e o dever – mesmo que isso seja contraditório à “democracia” que vivemos – de escolher quem vai liderar nosso país.

E que indecisão? Eu procurava, procurava, procurava e não encontrava um candidato que eu julgava ser merecedor do meu voto. Ouvia a opinião dos mais velhos, dos entendidos e nada. Isso também aconteceu com você? Estive pensando sobre isso... Na minha opinião, quando você tem consciência do poder que o seu voto tem, você percebe a importância do mesmo e passa a ter receio de o usar erroneamente.
Eu tenho certeza de que há pessoas conscientes como eu que pesquisaram seus eleitores e que votaram na esperança de estarem elegendo alguém que fará algo por São Paulo e principalmente pelo Brasil.

Mesmo descrente, com tantos candidatos que não sabem o que falam, eu me senti perdida - perguntando se eu estava sozinha nessa caçada, na utopia de encontrar Ética na política.

Enfim, dos ruins eu consegui pescar alguns que eu considero “menos piores”.
O que mais me desespera é ver a descrença dos eleitores, que já cansados e desiludidos votam em qualquer um. Ou talvez, o que me desespera de verdade é ver pessoas pesquisando e optando pelo “menos pior” porque o “bom” parece não existir.
Pra mim a pior hora foi entrar na cabine de votação e apertar os botões. Uma insegurança bateu em mim: será que eu estava votando certo? Será que eu pesquisara o suficiente? E as minhas escolhas? E se eu fosse enganada como na época do Collor?

Pode ser exagero meu, mas se todos os brasileiros conseguissem sentir a responsabilidade de um único voto, nosso país seria então tão democrático como tantos políticos o afirmam ser.

Eu enfrentei a urna eletrônica tranquilamente.
Naquele momento eu era mais uma pessoa que dava meu voto de confiança para “os menos piores”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário